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Neste blog você vai encontrar conteúdo sobre Economia e Finanças.
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São indicadores que
evidenciam, basicamente, a composição das fontes passivas de recursos da
empresa. Através deles pode-se avaliar o grau de comprometimento financeiro de
uma empresa perante seus credores e a capacidade que a empresa tem de cumprir
com os compromissos financeiros de longo prazo.
Abaixo, algumas das
principais medidas de endividamento e estrutura.
Relação capital de
terceiros/capital próprio – (P/PL)
Revela o nível de dependência de capital de terceiros da empresa em relação ao seu capital próprio.
Relação capital de
terceiros/passivo total – (P/PT)
A partir deste índice é possível também medir a proporção dos ativos totais financiada
mediante capital de terceiros.
Ao diminuir-se de 1 o
resultado deste índice, obtém-se a porcentagem do ativo total financiada
mediante capital próprio. Como se pode ver abaixo.
Imobilização dos Recursos
Permanentes (IRP)
O índice indica o percentual do exigível a longo prazo e patrimônio líquido que financiam o ativo permanente. Sendo expresso por:
Se o resultado for, por
exemplo, 0,60, indica que 60% dos capitais de longo prazo estão alocados no
ativo permanente. Isso também significa que 40% do capital de longo prazo está
financiando o capital de giro. Uma situação em que IRP é superior a 100% denota
desequilíbrio financeiro, uma vez que recursos de curto prazo estão sendo
destinados para o ativo permanente.
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Dentre os índices econômico-financeiros
mais conhecidos estão os indicadores de liquidez. Esses índices são extraídos
das demonstrações financeiras da empresa e buscam revelar sua capacidade de
pagamento, a capacidade de honrar seus compromissos de curto e longo prazo.
Seguem abaixo alguns dos principais índices de liquidez.
Liquidez Corrente
A Liquidez corrente relaciona os
direitos e haveres circulantes com o passivo circulante. Sendo maior do que 1,
indica a existência de capital de giro líquido positivo; se igual a 1,
pressupõe a inexistência de capital de giro líquido, e, por sua vez, se for
menor do que 1 indica a existência de capital de giro líquido negativo. A
Liquidez Corrente nos mostra quantos reais temos em disponível, valores a
receber e estoques, basicamente, para cada real devido no curto prazo.
Liquidez Seca
Liquidez Imediata
A liquidez imediata reflete
a porcentagem das dívidas de curto prazo que podem ser pagas imediatamente pela
empresa. É a relação entre as disponibilidades de caixa e o passivo circulante.
Liquidez Geral
Esse indicador retrata
a saúde financeira a longo prazo da empresa. É determinado pela seguinte
expressão:
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A taxa esperada de crescimento dos lucros é uma medida relevante para análise de agregação de valor de uma empresa. Basicamente, permite uma avaliação de dois indicadores que afetam o desempenho econômico: retorno do capital investido e reinvestimento do lucro.
A taxa de reinvestimento
é a parcela do lucro líquido que não foi distribuída aos acionistas como
dividendos, sendo reinvestida na empresa. O percentual pago aos sócios é
conhecido como índice de payout, sendo calculado da forma seguinte:
Assim, a taxa de
reinvestimento do lucro líquido é obtida:
O índice de payout
varia de acordo com grau de maturidade da empresa e suas estratégias de
crescimento. Empresas em fases iniciais costumam reinvestir uma maior parte de
seus lucros.
Por exemplo, se uma empresa tem um payout de 40% e um retorno sobre o patrimônio líquido de 20%, o crescimento esperado de seu lucro líquido é de 12%:
Assim, mantidos constantes os indicadores de payout e de RSPL, é esperado um crescimento anual de 12% do lucro líquido. Para um resultado líquido referência de $ 1000,00, são projetados os seguintes resultados:
O grau de alavancagem total (GAT) é definido pela razão
entre a variação percentual do lucro líquido e a variação percentual do nível
de atividade da empresa. É o efeito combinado do grau de alavancagem financeira(GAF) e o grau de alavancagem operacional (GAO).
Para o cálculo do GAT o GAF é definido por:
Ou para calcular a partir do
período inicial:
Onde: LOP é o lucro
operacional e DF a despesa financeira.
O grau de alavancagem
operacional (GAO) pode ser obtido pela fórmula:
Em posse do GAO e do
GAF, o GAT pode ser expresso por:
Denota a capacidade de as
variações do volume de atividade gerarem retornos líquidos para os
proprietários.
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A alavancagem operacional é
possível pela presença de custos e despesas fixos. Ou seja, custos (despesas) que
não sofrem, por definição, nenhuma variação diante de mudanças no volume de
atividade. O que não significa que os valores dos custos e despesas fixas não
podem sofrer mudanças periódicas. Mas são fixos ao menos durante o horizonte de
análise.
Apresentaremos aqui duas
expressões para o grau de alavancagem operacional (GAO):
A primeira equação
expressa de forma mais direta a essência do grau de alavancagem operacional.
Por exemplo, se um aumento de 10% nas vendas de uma empresa determinar um
acréscimo de 35% nos lucros, tem-se um GAO de 3,5, que representa uma elevação
de 3,5% nos resultados operacionais para cada 1% de elevação das vendas.
O GAO é determinado
pela estrutura de custos (despesas) da empresa, apresentando maior capacidade
de alavancar os lucros aquela que apresentar maiores custos (despesas) fixos em
relação aos custos (despesas) totais. Identicamente, empresas com estrutura
mais elevada de custos (despesas) fixos assumem também maiores riscos em razão
da maior variabilidade de seus resultados operacionais.
Admita ilustrativamente as
empresas A e B, iguais em todos os aspectos exceto em sua estrutura de custos
(despesas). Seus resultados são apresentados a seguir.
Note que as empresas apresentam o
mesmo lucro operacional e volume de vendas, mas a capacidade da empresa A em
alavancar seus resultados operacionais é superior à demonstrada por B. O risco
operacional de A, diante da variabilidade de seus lucros, também é maior, em
virtude da maior participação dos custos e despesas fixos na estrutura da
empresa A do que em B. Pelo GAO obtido através da divisão da margem de
contribuição pelo lucro operacional é possível saber que se ocorrer um aumento
de 20% no volume de vendas, por exemplo, o lucro operacional de A se incrementa
percentualmente 3,5 vezes mais, e o de B apenas 1,5 vezes. Como pode ser
conferido no quadro abaixo:
Os custos e despesas fixos são
diluídos pela elevação do volume de atividade, alavancando maiores variações
nos lucros operacionais na empresa A.
Assim como um grau mais elevado
de alavancagem operacional denota uma capacidade maior de a empresa aumentar
seu resultado mediante um aumento do seu volume de atividade. Também um grau
mais elevado de alavancagem significa uma maior variabilidade do resultado
frente a um risco de diminuição da atividade da empresa. Da mesma forma que
para cada 1% de aumento da atividade implica um aumento de 3,5% no lucro
operacional. 1% de diminuição da atividade da empresa acarreta uma diminuição
de 3,5% no lucro operacional da empresa A. Isso pode ser conferido abaixo para
uma redução de 20% no volume de atividade das empresas A e B.
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Tomemos um exemplo
ilustrativo bastante simplificado de um empresário que precisa investir um
total de $ 40 milhões em um empreendimento para que ele gere um lucro
operacional de $ 8 milhões anuais. Imagine que dos $ 40 milhões necessários
para o empreendimento o empresário dispõe de $ 10 milhões, tendo que captar os
outros $ 30 milhões no mercado a uma taxa de 12% ao ano.
Com essas informações podemos calcular o Retorno sobre o Investimento (ROI) e o Custo da Dívida (Ki):
Em posse das
informações de retorno sobre o investimento, custo da dívida e relação capital
de terceiros sobre capital próprio (P/PL) é possível calcular o grau de
alavancagem financeira em sua fórmula analítica, conforme desenvolvida por
Eliseu Martins:
Uma vez que o GAF é
maior do que 1, existe uma alavancagem financeira favorável. Ou seja, o
endividamento operando sobre a diferença entre a taxa de captação de recurso
pela empresa e o retorno de seu investimento, provoca um retorno sobre o
capital próprio 2,2 vezes maior que o retorno sobre o investimento.
O grau de alavancagem
financeira também pode ser calculado pela razão entre o ROE e o ROI, produzindo
o mesmo resultado, como pode ser visto abaixo:
Para uma demonstração
de como este empreendimento é capaz de aumentar o retorno através do
endividamento, podemos fazer o cálculo para ausência de endividamento e
compararmos com o cálculo anterior.
Digamos que o empreendedor
vendesse algumas propriedades e levantasse os $ 30 milhões para somar aos $ 10
milhões que já possuía e fazer o investimento de $ 40 milhões sem contratar
qualquer empréstimo. Neste caso o ROI seria igual ao ROE, e o GAF igual a 1,
não havendo potencial de alavancagem:
É possível observar a
redução no retorno do capital próprio de 44% para 20%.
Desse modo, o GAF, quando
favorável, representa o potencial que o endividamento tem de aumentar o retorno
sobre o capital próprio.
Apesar de o GAF ser um
indicador da viabilidade de se tomar empréstimos do ponto de vista dos retornos,
a decisão de tomar empréstimos não deve ser automática. Na análise do grau de
alavancagem em casos concretos é preciso incorporar a presença de impostos e
quando realizado seu cálculo através das demonstrações financeiras da empresa,
alguns cuidados como correção do balanço patrimonial, além de verificar a
capacidade de caixa da empresa são recomendados.
Veja também o artigo Grau de Alavancagem Operacional (GAO)
Veja também o artigo Grau de Alavancagem Total (GAT)
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Se perguntarmos a um empresário qual o objetivo econômico-financeiro de seu negócio é possível que tenhamos como resposta: obtenção de lucro...